O mês de junho é marcado como o mês do Orgulho LGBTQIA+, celebrando várias conquistas, uma delas, hoje como o dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+
Em 1969, nos EUA em Nova York no bairro de Stonewall, as pessoas que se declarassem abertamente gays eram atacadas e tinham seus direitos violados. Além disso, existiam poucos espaços públicos onde essas pessoas podiam se expressar abertamente. Em Nova York, os poucos bares gays, localizados na região de Manhattan, sofriam constantes batidas policiais, onde seus frequentadores eram ameaçados, espancados e presos.
No dia 28 de junho, na cidade de Manhattan, no bairro de Stonewall, revoltados por não poderem expressar sua identidade, LGBTs daquela época, reagiram contra a violência policial, durante uma operação da policia no Bar Stonewall Innl. O que ficou conhecido como a Revolta de Stonewall, marcando a luta por direitos da comunidade LGBTQIA+, desde 1969.
Assim dando origem a outras revoltas e manifestações contra a LGBTQIAfobia e o movimento atual pelos direitos civis da comunidade LGBTQIA+. Culminando com a criação de várias organizações de direitos homossexuais nos Estados Unidos e no resto do mundo.
Além disso, a ação violenta que aconteceu há mais de 50 anos, provocou as primeiras marchas gays a partir do ano seguinte, na mesma data, se mantendo até os dias atuais como forma de lembrar do episódio, respeitar os atingidos, lutar por direitos e, claro, celebrar as relações homoafetivas.
No Brasil
Em solo brasileiro a manifestação teve impacto. Na época o país vivia a ditadura militar e os gays, lésbicas e pessoas trans eram alguns dos grupos perseguidos por militares. Na década de 1970, foi criado paralelamente a ditadura, o jornal independente, LGBTQIA+, Lampião da Esquina do grupo Somos, um coletivo que lutou pelos direitos da comunidade LGBT, na época.
Nos anos 1980, organizaram-se muitos grupos que desempenharam um papel importante na luta dos direitos humanos e civis dos homossexuais. Em 1985 o Conselho Federal de Medicina deixa de considerar a homossexualidade como desvio sexual, nesse momento, era comum o uso do termo ‘homossexualismo’, designando uma doença. Depois disso com essa mudança no modo como a homossexualidade é vista pela medicina, as pessoas tiveram a possibilidade de entendê-la como uma orientação sexual.
Nos 1990, chega ao Brasil a primeira parada do Orgulho LGBT. Realizada em 1997, a primeira marcha reuniu cerca de 2 mil pessoas na Avenida Paulista, em São Paulo. Atualmente é a maior Parada do Orgulho do mundo com 4 milhões de pessoas.
Nos anos 2000, a luta por direitos a serem conquistados continuou. O reconhecimento das uniões civis entre pessoas do mesmo sexo, foi aprovada em 2011, e a criminalização da homotransfobia, aconteceu em 2019.
Apesar dos avanços nas legislações, as violações dos direitos LGBTs são diárias e a luta não pode parar. O Brasil é o país que mais mata homossexuais, com uma morte a cada 29 horas. Segundo o levantamento da Câmera dos Deputados em parceria com a Aliança Nacional LGBTI+. Foram registrados 276 homicídios e 24 suicídios em 2021. Nestes cálculos, os transsexuais e travestis são os principais alvos. Por motivos como esses que é preciso mais avanços nos direitos LGBTs, educação, políticas públicas LGBTAQIAP+, conscientizando as pessoas para o preconceito e muito mais.
Orgulho LGBTQIA+: Outras datas para celebrar:
- 29 de janeiro: Dia Nacional da Visibilidade Trans;
- 31 de março: Dia Internacional da Visibilidade Trans;
- 17 de maio: Dia Internacional de Combate à Homofobia;
- 29 de agosto: Dia Internacional da Visibilidade Lésbica;
- 23 de setembro: Dia da Celebração Bissexual;
- 26 de outubro: Dia da Visibilidade Intersexual;
- 8 de novembro: Dia da Solidariedade Intersexual;
- 8 de dezembro: Dia da Pansexualidade;
- 10 de dezembro: Dia dos Direitos Humanos.
- Com informações do Uol e da All.